segunda-feira, 21 de julho de 2008

Mães sem culpa


Amanhã volto a trabalhar. Depois de cinco meses em casa cuidando do meu filhote, retornarei ao batente. Sinto um misto de excitação e apreensão. Excitação, pois como toda mulher moderna, adoro me sentir útil e produtiva além de que, adoro trabalhar.

Apreensão, porque entrei naquele mundo raro, mágico e especial que é o das mães que não querem deixar os filhos em casa. Como se não bastasse já sentir uma saudade imensa (coloca imensa nisso) do meu bebê, ainda temos que lidar com as enormes culpas que nos são impostas.

Mãe só por ser mãe já vive rodeada de culpas. Complicado isso. Desde que comecei a divulgar para amigos e familiares que iria voltar a trabalhar ouvi de diferentes pessoas que "eu era louca. Como que eu ia deixar o meu filho sozinho, etc." Poucas foram as pessoas que não me olharam com um olhar de reprovação.

Só posso dizer que é difícil. Parece que essas pessoas tem em suas cabeças que a mulher depois que vira mãe, deixa de ser mulher. Mas e aí, como que a gente faz para se sustentar? E para sustentar o filho? E para se realizar? Mãe que trabalha entra no mundo dos pecadores. Céu para gente nem pensar. Mas tudo bem, vou evitar os olhares de reprovação, arregaçar as mangas e voltar ao trabalho. Saúdo as mães que trabalham fora e também saúdo as mães que ficam em casa (o que por si só já é um grande trabalho). Vamos aderir ao movimento "Mães sem culpa"e tornar a vida mais leve. Quanto aos olhares, vou dar de presente a essas pessoas óculos escuros. Ah. e a entrada no céu? Só me interessa se for open bar...rsrsrsrsrs.