sexta-feira, 31 de julho de 2009

Voando alto


Hoje quando estava vindo para o trabalho começou a tocar no rádio uma música do Legião Urbana. Primeiro mudei de estação, depois voltei para a mesma música. Quando dei por mim estava cantando alto, dançando, batendo a mão na perna. Estava em um momento de desabafo louco e ao mesmo tempo feliz. De mim, comigo mesma (estranhoooo). Aquela música me trouxe de volta lembranças da época de adolescência. Me fez lembrar a menina rebelde que eu era, que como tantos outros queria desesperadamente mudar o mundo. E acreditava nisso. O meu maior sonho quando decidi fazer jornalismo, era poder escrever para o Pasquim. Eu queria ser aquelas jornalistas que denunciam, que contam a verdade, que não deixam os culpados impunes. Me sentia destinada a fazer isso. Sonhava, e sonhava alto. Sentia que eu podia fazer qualquer coisa no mundo. Que o meu destino pertencia somente a mim. Queria agarrar com todas as forças a possiblidade de construir um mundo melhor e mais justo. Fui crescendo e essa paixão louca por querer mudar o mundo foi ficando para trás, a maior mudança que eu quero ultimamente é um corte de cabelo. Fui ficando mais cética, menos sonhadora. Mas ao ouvir essa música, voltei a ter quinze anos, voltei a querer mudar ao mundo, voltei a querer voar. E adorei me sentir assim. Por isso, o post de hoje é para não matarmos os rebeldes sonhadores que existem dentro de nós. Vamos sonhar, vamos ser rebeldes, nem que seja com o vidro de maionese. Mas vamos, vamos ser felizes.

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